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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Onde estão os empregos?

Passado o cenário de turbulência e com a retomada da economia, já se fala em falta de talentos. Mas será mesmo que voltamos ao boom do pré-crise? Onde estão os empregos? Para responder a essas perguntas e dando sequência à nossa série de blogs Ping-Pong conversamos com Carlos Eduardo Altona. O headhunter, egresso da Michael Page, recentemente abriu a sua própria empresa de recrutamento, a Exec - Executive Performance. Leia trechos da entrevista.
O reaquecimento da economia pode ser comparado aos mesmos patamares pré-crise?Definitivamente o mercado voltou a aquecer em uma velocidade superior ao que acreditávamos. Mas por outro lado, ainda não atingiu o nível de contratações de anos como 2006 ou 2007.
Você acredita que o boom de contratações voltará a níveis de 2006 e 2007?Sim, estimaria a algo entre seis meses e um ano.
Que áreas estão contratando mais?As indústrias de consumo de massa e varejo. Já no que diz respeito às especialidades, vendas e supply chain são áreas muito aquecidas.
Quais setores sentem mais a falta de profissionais especializados?Os setores de tecnologia da informação (TI) e construção civil (mercado imobiliário)
Por quê?Primeiro, por razões históricas de falta de mão- de- obra especializada, mesmo antes da crise. No caso específico de TI, a indústria é muito dinâmica, exige atualização constante e um perfil comportamental muito específico, às vezes introvertido, que não é tão aderente à cultura do brasileiro.
Onde estão os empregos e para que níveis há maior demanda?Há um volume um pouco maior de vagas em empresas de médio porte, especialmente na contratação de gerentes. As grandes são mais burocráticas, possuem drivers globais para a administração de headcounts, enquanto as médias são mais dinâmicas e dependentes de novos recursos humanos para crescer. Por isso possuem taxas de crescimento naturalmente mais elevadas.
Houve alguma mudança no perfil do profissional cobiçado pelas empresas?Sim. A crise trouxe uma preocupação maior das empresas quanto à gestão de custos e orçamentos. A busca agora é por profissionais que tenham os pés no chão e estejam dispostos a permanecer em uma posição desafiadora por um período mais longo (pelo menos dois ou três anos), sem exigir que a organização promova o profissional ou faça um "job rotation" de curto prazo.

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